sábado, 31 de agosto de 2013

Um PIB pra chamar de seu

O sucesso do Mantega no comando da economia é inegável. Um maestro que nunca deixou de ser um homem do partido.

Quando ele sente que precisamos crescer menos, puxa lá suas alavancas e zupt! o país para. Quando vê que é hora de acelerar, vapt! com dois empréstimos do BNDES, tres desonerações e um pito nos banqueiros, olha lá o país galopando como um corcel.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A história secreta de mais um triunfo da nossa política externa

Sou do tempo em que a única coisa que pendia hacia la izquierda na Bolívia eram os aviões do Lloyd Aereo Boliviano. Aquilo era um país atrasado tocado por brancos corruptos exploradores de indígenas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Esse Schwartsman é um frustrado

Eis um mito antigo: o de que a oposição no Brasil é desorganizada.

Equivale a dizer: “Vocês só ficam aí porque ninguém se dá ao trabalho de apeá-los.” Grossa tolice. O jogo é duro e a oposição é fortíssima, além de mal intencionada. É preciso, porém, saber onde encontrá-la.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

É hora de aprofundar o modelo


Era para ser uma reunião tranquila, até animada. Assuntos estratégicos, vocês sabem (aprendi com o Mercadante a chamar tudo de “tático” ou “estratégico”, fica elegante).

Pois bem. Ocorre que nossa reação tática lá atrás, no calor dos protestos, não tinha funcionado bem, de sorte que, desta vez, estavam todos à flor da pele. Olho na porta. Ou simplesmente checando o blackberry.

Vale a pena relembrar aquela reunião tática do final de junho.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Diálogos portenhos, exemplo para o Brasil


Um último post a respeito da viagem que fiz a Buenos Aires a pedido da presidenta.

A Argentina não precisa mais crescer

Para quem ainda não entendeu: a verdade é que a Argentina não precisa mais crescer. Suas políticas econômicas têm sido cuidadosamente desenhadas para impedir a expansão do PIB.

O Dólar na Argentina

Em audiência na semana passada em Buenos Aires, ouvi o próprio ministro da Economia, Hernán Lorenzino, repetir a revigorante frase que tinha lido pelos jornais: "Dou risadas sempre que vejo a cotação do dólar blue".

Argentina: questão de liderança

Países bem postos, há vários. Com líderes extraordinários, como a Argentina, são raríssimos. Desde Perón até o papa Francisco, passando pelos inigualáveis Kirchners e todos os que os rodeiam. Invejável.

Tivéssemos no Brasil uma juventude como essa da Câmpora, já teríamos reduzido os bancos privados à insignificância que hoje eles representam na Argentina. Você acha que alguém se importaria? Só os próprios banqueiros e um punhado de comentaristas neoliberais (pagos pelos banqueiros). À Argentina não fazem falta os bancos.

Eleições na Argentina

Estive na Argentina a pedido da presidenta, aproveitando as eleições de domingo para checar como andam os hermanos. Voltei entusiasmado. Devidamente autorizado, publico abaixo um extrato do relatório que preparei para o Planalto.

Argentina, país da imprensa livre

Não é segredo a má vontade da imprensa tradicional com a Argentina. Só sai notícia ruim, muitas vezes em tom desrespeitoso. Com poucas exceções. Entre elas a Mídia Ninja, arejada e independente: nunca escreveu uma linha amarga sobre o país vizinho. Chama-se isenção, senhores.

Ao contrário do Brasil, na Argentina a liberdade de imprensa é um valor sagrado. Salvo por uma minoria intolerante (e cada vez mais irrelevante), os jornais são livres para interpretar os fatos com independência, sem se preocupar nem com a verdade (o que é a verdade?), nem com seu sustento. O Estado cuida dos veículos afinados com os interesses país.

A isso se dá o nome de responsabilidade pública.

Dilma explica o Brasil a Francisco

Os neoliberais espernearam, como sempre. Estão no seu papel: afinal ninguém vai esperar que a oposição elogie a presidenta faltando pouco mais de um ano para as eleições – mesmo quando ela merece, como tem sido comum.

De minha parte, fiquei emocionado com a presença do Santo Padre no Brasil. Foi sua primeira viagem ao exterior. Quer prova maior do protagonismo do Brasil no plano internacional?